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Dorme amor, que eu velo o teu sono.
Serei o Cavaleiro da Triste Figura,
Insano, bravo e, ao mesmo tempo terno.
Dorme silente, sem nenhuma agrura.
Sei que um dia hás de retornar;
Até lá, serão dias de expectativas...
Continentes hei de contornar,
Dormirei com suas nativas.
Buscar-te-ei na rebentação,
Nas espumas das marés,
E perscrutarei cada constelação.
Contudo, enquanto não voltas, sou cão sem dono,
Sou flecha sem arco; sou homem dos cabarés!
Pois, dorme o amor (em mim) e eu velo o teu sono.
Foto: Internet - Desconheco autoria